Número |
28 |
Aluno |
Edna Lúcia Campos Wingester |
Orientador |
Maria Flávia Gazzinelli Bethony |
Linha de Pesquisa |
Educação em Saúde e Enfermagem |
Título da defesa |
Efeitos de uma intervenção educativa sobre a decisão autônoma e a adoção de comportamento requerido em ensaio clínico: estudo com uma população socioeconomicamente vulnerável |
Data da defesa |
05/12/2012 |
Banca Examinadora |
Profª. Drª. Maria Flávia Gazzinelli Bethony ((Esc.Enf/UFMG)) Profª. Drª Andréa Gazzinelli ((Esc.Enf/UFMG)) Profª. Drª. Celina Maria Modena ((Esc.Enf/ UFMG)) Prof. Dr. Martin Johannes Enk ((CPqRR)) Profª. Drª. Dirce Bellezi Guilhem ((UNB)) |
Resumo |
Este estudo foi desenvolvido no contexto do preparo de uma população vulnerável para se inserirem em um ensaio clínico que tinha como objetivo o desenvolvimento de um alimento funcional. Teve como objetivo analisar o efeito da intervenção educativa pautada nas representações sociais dos participantes e no modelo Health Action Process Approach (HAPA). A premissa que norteou esse estudo é que esta intervenção ao considerar as variáveis sócio-cognitivas do modelo HAPA- Percepção de risco, Expectativa com os resultados, Autoeficácia e Planejamento - favorece a decisão autônoma dos participantes, e a adoção dos comportamentos requeridos em um ensaio clínico. Para intervenção educativa foram elaboradas duas estratégias educacionais: Um jogo de tabuleiro e uma montagem de uma casa com peças de Lego. Os dados foram coletados através de um questionário sócio cognitivo (QSC) antes e após as intervenções educativas e analisados no SPSS14. Aplicou-se o teste de Mcnemar para comparação dos dados pareados. A percepção do risco foi avaliada em termos da possibilidade de contrair as verminoses, os possiveis sintomas e não se tratar. A susceptibilidade relativa a região de moradia e a habitos de vida obtiveram p ?0,05. Após a intervenção 81,9% passaram a reconhecer que podem ter vermes e não apresentarem sinais e/ou sintomas (p ?0,05). A expectativa dos voluntários com os resultados foi avaliada em relação ao conhecimento sobre os benefícios e riscos que teriam ao aderirem ao ensaio clínico. A compreensão dos benefícios se altera em relação a ter tratamento para outras doenças e adquirirem imunidade por participar da pesquisa ( p<0,05). A compreensão dos riscos não se alteram significativamente com a intervenção. A autoeficácia foi avaliada como em três estágios distintos da adoção de um novo comportamento: adesão, manutenção e recuperação. A autoeficácia dos voluntários para aderir e se manter no ensaio clínico já era alta e sofre pouca variação com destaque para a prontidão em participar do ensaio clinico antes da intervenção. A autoeficácia de recuperação sofreu alteração da intervenção educativa nas questões sobre permanecer na pesquisa mesmo se esquecendo de realizar uma das tarefas e sobre a necessidade de superar as dificuldades para permanecer na pesquisa (p<0,05). capacidade de planejar a participação na pesquisa foi avaliada em termos do, quando, como, e o que planejar. Houve um aumento significativo do número de voluntários que reconheceu a capacidade de planejar as ações da pesquisa pensando em como inseri-las na sua rotina (p<0,05). Os resultados demonstram que a intervenção educativa desenvolvida neste estudo atuou nas condições fundamentais que intervêm para a adoção do comportamento requerido na pesquisa e favoreceu condições para o exercício da autonomia. |
Abstract |
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Palavras-chave |
Autonomia pessoal, Bioética, Comportamento de escolha, Ética em pesquisa, Exposições educativas, Populações vulneráveis |
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