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Escola recebe visita de alunos da Licenciatura Intercultural para Educadores Indígenas da UFMG

ericaNa tarde desta quinta-feira, 5 de abril, a Escola de Enfermagem recebeu a visita de dois alunos do curso de Licenciatura Intercultural para Educadores Indígenas da UFMG. Eles estavam acompanhados da professora da Escola de Enfermagem, Érica Dumont, coordenadora da disciplina “Cuidar do si, do outro e do ambiente: práticas e cosmovisões em saúde indígena”, na qual estão matriculados.

“Essa é a primeira vez que a disciplina é ofertada no campus Saúde, pela Escola de Enfermagem, e conta com colaboração de professores de outras unidades. Por isso, é importante que esses alunos conheçam esse espaço, do qual fazem parte e onde terão algumas aulas”, explicou a professora.

Os visitantes também conheceram o Centro de Memória (CEMENF) que além de espaço de preservação da memória e da história da saúde, tem como objeto, atuar como um centro dinâmico da reflexão e do fazer histórico no âmbito da Universidade em seu processo educativo, cultural e científico, articulado com o ensino, a pesquisa e a extensão, ampliando a relação entre a Escola de Enfermagem e a Sociedade.

Durante a visita, os alunos Damasinho Maxakali e Israel Maxakali apresentaram um pouco da cultura, a língua e uma canção, tradicionalmente usada em práticas de cura pelos Maxakalis. De acordo com a professora Érica, a música é culturalmente associada no tratamento de saúde do povo.

Compartilhar culturas e conhecimento
A Licenciatura forma professores que irão atuar nas aldeias indígenas e essa também é a primeira vez que o curso recebe alunos Maxakalis. A professora explica que eles são bilíngues e ajudam entre si com a tradução.

“A Universidade precisa expandir a partir dos sujeitos que a compõe, pensando na sua própria função e finalidade que é construir um conhecimento universal e não particular. Nesse sentido, os povos indígenas somam às diversidades que integram outras perspectivas. Temos muito que ofertar, a partir do nosso conhecimento acumulado, mas também temos muito que aprender com eles”, defendeu Érica Dumont.
(Com Assessoria de Comunicação da Faculdade de Medicina)