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II seminário de extensão da Escola de Enfermagem aborda aprimoramento dos projetos de extensão

Bruna ManzoNa última terça-feira, 26 de setembro, professores e alunos estiveram reunidos, no auditório Laís Neto da Escola de Enfermagem da UFMG para o “II Seminário de extensão da Escola de Enfermagem: Aprimoramento dos Projetos de Extensão”. O evento foi promovido pelo Centro de Extensão da Escola (Cenex) sob a coordenação da professora Bruna Figueiredo Manzo e teve a participação da diretora de Apoio à Gestão da Extensão da UFMG, professora Marcella Guimarães Assis e pelo servidor da PROEX, Douglas Naves Coelho.

Segundo a professora Bruna Manzo, o objetivo do seminário foi aprimorar, apoiar e aperfeiçoar as atividades de extensão realizadas na Escola de enfermagem da UFMG. “Nosso foco é auxiliar professores e alunos na qualificação dos projetos de extensão e registros desenvolvidos. Além disso, pode proporcionar abertura de oportunidades de financiamento dos mesmos”.

A professora explicou que o aprimoramento da ações de extensão consiste em ajudar a aperfeiçoar a descrição dos projetos principalmente nos itens de fragilidade como avaliação e monitoramento das ações, previsão da articulação entre a extensão, pesquisa e o ensino, bem como o impacto do projeto para discentes e sociedade. “O aprimoramento busca uma interação dialógica em relação à equipe interdisciplinar e sociedade, algo que envolva não só o grupo que está promovendo a ação, mais também os co-participantes.”, pontuou Bruna.

A professora Marcella Assis abordou a questão da avaliação dos registros de extensão no contexto de docente e discente na Escola de Enfermagem da UFMG. MarcelaSegundo ela, a EEUFMG cupa a 4ª posição dentro da UFMG no número de ações de extensão, que são: programas, projetos, cursos, eventos e prestações de serviços. “Essa é uma posição de grande destaque para a Escola. Os projetos aqui são muito bem elaborados, bem redigidos, desenvolvidos, mas sempre existem alguns pontos que precisam ser aprimorados, em uma análise geral, acho importante apenas destacar esses pontos”, declarou.

Ela também destacou que a avaliação de docentes é uma prerrogativa da própria unidade de ensino, sendo assim, o responsável pela resolução dessas avaliações é a Congregação da Escola. “O que podemos contribuir em relação à avaliação é que existe um indicador onde as ações de extensão correspondem a 10%. Assim, os professores que são orientadores e coordenadores de ações de extensão, entram nesse montante para alocação de professores na Escola,” explicou a professora.

Para Marcella, a Escola deve continuar crescendo nas ações de extensão e sempre com o objetivo de aprimorar os registros. “A extensão é essencial para que essa parceria entre a universidade e a comunidade seja cada vez mais dialogada, e, assim, a sociedade possa se beneficiar do que é produzido no âmbito acadêmico”.

O servidor da PROEX, Douglas Coelho, falou sobre o sistema de informação da extensão (SIEX), como funciona e sobre a importância de mantê-lo atualizado. De acordo com ele, o SIEX faz parte da Pró-Reitoria de Extensão da UFMG, e é um sistema on-line que permite o registro e a publicação dos dados das ações e produções da extensão, inclusive de forma georreferenciada.

Douglas afirmou que a maior dificuldade das ações de extensão não é tanto sobre as técnicas de operação do sistema, mas sim a de cultura de registro das atividades pelos docentes. Para ele, uma das melhores formas de solucionar esse problema é por meio de eventos como esse. “Conversar com os professores das unidades, seja por meio do CENEX ou por meio de eventos como esse, é importantíssimo para identificar e solucionarmos os problemas; além de mostrar a importância de manter o SIEX atualizado”.

DOUGLASSegundo Douglas, manter as informações que são inseridas no sistema atualizadas é importante, pois elas são utilizadas para gestão da pró-reitoria de extensão, como forma de direcionar ou redirecionar a política de gestão da universidade, com base na análise do que a universidade está produzindo. Além disso, esses dados também são utilizados para a avaliação própria da instituição, como: a diretoria de avaliação institucional e a pró-reitoria de planejamento, que utilizam dados da extensão universitária que são informados pelos próprios docentes no registro, para executar suas ações.

“Recentemente estamos recebendo também muita demanda de órgão de auditoria externa do governo. Dessa forma, é importante que essas ações sejam registradas e atualizadas para que possamos subsidiar esses órgãos da melhor forma possível com as informações necessárias”, explicou Douglas.

Projetos e programas de destaque da Escola de Enfermagem 
Além dessa mesa-redonda, o evento contou com a apresentação dos três projetos e programas de extensão da Escola de Enfermagem da UFMG com melhor avaliação pela PROEX no critério de qualidade de registros do SIEX.

A primeira apresentação foi do “Programa de extensão para o Desenvolvimento e Avaliação de Tecnologias Educacionais em Saúde (TES) no campo da sexualidade”, orientadora e coordenadora pela professora do curso de Enfermagem Vânia de Souza, junto das alunas bolsistas, Keyla Ramos e Wendy Loyola. Segundo a professora, esse projeto visa desenvolver, avaliar e produzir conhecimento sobre tecnologias educacionais em saúde, para o favorecimento da autonomia do posicionamento crítico-reflexivo e do protagonismo de grupos vulneráveis tendo em vista a promoção da saúde, a melhoria da qualidade de vida, a redução das desigualdades de gênero e da vulnerabilidade às DST/HIV/aids.

O projeto subseqüente foi do professor do curso de Nutrição, Gilberto Simeone Henriques, em parceria com as bolsistas da PBEXT-UFMG, Iara Melo Silva e Dayse Gomes e os membros da Rádio UFMG Educativa 104,5 Elias Santos e Cláudio Zazá; o nome do projeto é “Consolidação do programa de rádio Nutrisanas no âmbito de uma rádio educativa e análise dos conteúdos veiculados experimentalmente”. De acordo com o professor, consiste em um programa de rádio chamado “Nutrisanas", veiculado por uma emissora universitária e educativa, desenvolvido para utilizar o conhecimento acadêmico na construção de uma fonte segura e confiável de informação em saúde e nutrição.


pofs1Os professores e alunos apresentaram projetos e programas de destaque na EEUFMG

A professora do curso de Enfermagem, Torcata Amorim, apresentou o programa: “Articulando ações multissetoriais e multidisciplinares para a prevenção da mortalidade materna infantil, promoção do parto seguro e proteção e apoio da amamentação bem sucedida”. Segundo ela, esse programa envolve outros três projetos: “A prevenção da mortalidade materno infantil em Belo Horizonte”, “Contribuições multissetoriais e multidisciplinares para a promoção do parto normal e seguro em Belo Horizonte” e “Contribuições multissetoriais e interdisciplinares para promoção e proteção do aleitamento materno em Belo Horizonte”. As professoras envolvidas no programa fazem parte da disciplina de Enfermagem em Saúde da Mulher: Kleyde Ventura de Souza, Eunice Francisca Martins, Fernanda Penido Matozinho, Érica Dumont Pena, Maria Imaculada de Fátima Freitas e Torcata Amorim.

Torcata afirmou que os principais objetivos do programa são: o envolvimento dos alunos, o aprendizado desses estudantes e desenvolvimento de ações educativas na comunidade. “A população é muito favorecida com os projetos, pois eles trazem informações corretas, importantes e no momento específico. A divulgação de evidências científicas e ações educativas geradas também é muito importante”, afirmou a professora.