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Professoras realizam estudo sobre dor crônica na coluna

Cerca de 15,5% dos homens relatam dor crônica na coluna. O número chega a 21% nas mulheres. O dado é um dos resultados da pesquisa “Fatores associados à dor crônica na coluna em adultos no Brasil”, realizado por profissionais da área de Saúde. Entre eles, a professora Waleska Teixeira, médica e professora do Departamento de Medicina Preventiva e Social da Faculdade de Medicina UFMG, juntamente com a professora Débora Malta, da Escola de Enfermagem.

O estudo faz parte da Pesquisa Nacional de Saúde, uma iniciativa do Ministério da Saúde em parceria com o IBGE, realizada em 2013. Foram coletadas informações em mais de 64 mil domicílios, com o objetivo de produzir dados sobre a situação e atenção à saúde da população brasileira.

A pesquisa foi incluída no suplemento temático “Doenças crônicas não transmissíveis e inquéritos populacionais” da Revista de Saúde Pública, lançado na última quinta feira, dia primeiro, no Auditório Maria Sinno da Escola de Enfermagem.

Dor Crônica na Coluna
De acordo com a professora Waleska, a dor crônica na coluna é uma queixa extremamente comum na população brasileira e responsável por um grande número de afastamentos do trabalho no país. Isso é muito impactante para o Sistema Único de Saúde, já que a dor apresenta um custo elevado e demanda muitos serviços, chegando a incluir cirurgia em alguns casos.

Como resultados da pesquisa, a professora conta que mulheres que relatam dor crônica são mais jovens do que homens, com idades em torno de 54 a 56 anos. Já os homens relatam a dor acima de 65 anos.

O ambiente também influencia. O estudo indica que homens residentes na área rural têm mais chances de apresentar a condição, assim como homens que exercem atividades físicas no trabalho.

Estilos de vida e algumas doenças também são determinantes para apresentar o quadro. “Alguns fatores, como obesidade, hipertensão e colesterol alto, estão muito relacionados à dor crônica. Entender isso é muito importante para pensarmos como podemos mudar o curso da história da doença”, conclui Waleska.
(Com Assessoria de Comunicação da Faculdade de Medicina da UFMG)