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Projeto de extensão “Práticas educativas na atenção à saúde” promove oficina em parceria com a Pastoral da Mulher de Belo Horizonte

eliana2Para comemorar o Dia Internacional das Prostitutas, celebrado no dia 2 de junho, a Pastoral da Mulher de Belo Horizonte, em parceria com o Projeto de Extensão “Práticas educativas na atenção à saúde” da Escola de Enfermagem da UFMG, realizou no dia 1º de junho um evento para debater a situação de vulnerabilidade e violação de direitos que sofrem as mulheres que exercem a prostituição.

A Escola de Enfermagem, por meio do projeto de extensão, promoveu uma “Oficina de saúde”, coordenada pela professora Eliana Aparecida Villa e bolsistas do curso de Enfermagem. Durante o evento, foram discutidos os temas saúde da mulher e os cuidados de prevenção à que permeiam o exercício desta atividade. Na oficina foi realizada apresentação de manequins do corpo humano, ginecológico e parto, aferição de pressão, orientação para o auto exame de mama e orientações de saúde. De acordo com a professora Eliana Villa, a Sífilis foi o tema que gerou mais dúvidas nas discussões.

A data é comemorada em alusão ao dia 2 de junho de 1975, quando 150 prostitutas ocuparam uma igreja em Lyon, na França, para denunciar violências e perseguições que sofriam por parte das autoridades locais.

O trabalho na prostituição
A professora ressaltou que as profissionais do sexo convivem diariamente com agressões físicas, psicológicas e sexuais. “Uma dura realidade que permanece invisível para a sociedade brasileira. Um levantamento feito pela Pastoral da Mulher aponta que, apenas na região central da cidade, são cerca de 3 mil prostitutas trabalhando em 24 hotéis. Há também as mulheres que trabalham nas ruas e que estão ainda mais vulneráveis a assaltos, agressões e preconceitos”, explicou.

 

eliana vila2222Professora Eliana Villa na oficina de Saúde

O preconceito vivenciado pelas mulheres que exercem a prostituição também se reflete diretamente em suas vidas sociais, fora do ambiente dos programas. “Elas precisam lidar com a discriminação, assédio e insegurança. Os estereótipos e desqualificações têm sido continuamente reforçados pelo imaginário social, pelo machismo, pelos meios de comunicação de massa, gerando consequências como a vulnerabilidade de direitos, entre outros. A Pastoral da Mulher tem como propósito a sensibilização da sociedade para esta problemática”, afirmou Eliana Villa.