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Alunos do curso de Enfermagem participam de aula especial sobre Reanimação Pediátrica e Neonatal

brunaNa manhã desta terça-feira, 7 de fevereiro, dezenas de alunos do curso de Enfermagem estiveram reunidos na Escola de Enfermagem da UFMG para uma aula especial sobre Reanimação Pediátrica e Neonatal. O objetivo foi fornecer subsídios teórico-prático para que os estudantes se sintam mais seguros nos estágios, vivências e internatos, capazes de priorizar ações e compreender o princípio científico do cuidado. A atividade foi promovida pela Liga Acadêmica Integrada de Cuidados às Crianças, Adolescentes e Mulheres (LAICCAM) e ministrada pelas professoras Bruna Figueiredo de Manzo e Juliana de Oliveira Marcatto, do Departamento de Enfermagem Materno Infantil e Saúde Pública da EEUFMG.

De acordo com as professoras, o conteúdo é relevante, pois o numero de atendimentos de reanimação neonatal tem aumentado, considerando que o Brasil é o 10° país do mundo em número de nascidos prematuros e 16° em mortalidade por complicações decorrentes da prematuridade.
As pesquisas recentes ressaltam que ao nascimento, 1 a cada 10 recém-nascidos (RN) necessita de ajuda para iniciar respiração efetiva; 1 a cada 100 precisa de intubação traqueal; 1-2 RN a cada 1000 precisam de intubação acompanhada de massagem cardíaca e/ou medicações, desde que a ventilação seja aplicada corretamente.

O conteúdo da aula foi embasado no Programa de Reanimação Neonatal e pediatrico que é fundamentado nas Recomendações Terapêuticas do ILCOR (Comité de Ligação Internacional para a Reanimação) publicadas no Circulation, Resuscitation e Pediatrics (20/10/2015).

No que diz respeito às intervenções para redução da asfixia, foram citadas a prevenção primária: melhoria das condições maternas; a identificação precoce dos sinais de risco e capacitação de recursos humanos; o tratamento do evento: reanimação imediata e o tratamento das complicações do evento asfixico.

Na parte prática da aula, foi realizado simulação de situações que necessitavam de reanimação, abordando a sequência das ações e o papel do enfermeiro na assistência.

As professoras enfatizaram, ainda, que essa discussão é importante porque se a assistência à situação de urgência não for previamente pensada, é muito difícil que as ações adotadas sejam eficazes e resolutivas. “O que ocorre frequentemente é uma dificuldade de estabelecer a sequencia das ações, considerando as peculiaridades da população neonatal e pediátrica”. 

alunosBruna Manzo destacou que os alunos se mostraram interessados e muito participativos. 

A estudante do 9º período do curso de Enfermagem, Anna Claudia Santos Prado Cavanellas, afirmou que tem muito interesse em neonatologia e pediatria, e que o assunto do aulão não é muito explorado na grade curricular. “Somos muito preparados para lidar com o crescimento e desenvolvimento infantil, voltados principalmente a atenção básica. Em relação a parte hospitalar, não estamos aptos para as intercorrências ligadas aos bebês e crianças presentes no dia a dia do enfermeiro. Sugiro acrescentar esse conteúdo na disciplina de pediatria, seria um grande ganho para os alunos”, disse Anna.

“Foi um grande presente essa atividade, pois nos preparou na especificidade infantil a prestar uma assistência de forma eficaz em situações que podemos nos deparar até dentro de nossas casas”. Anna pontuou, ainda, que a exposição do conteúdo pelas professoras foi de forma completa e clara, mesclando teoria com a prática, o que tornou mais fácil o entendimento e a fixação do conteúdo. “Agradeço a disponibilidade, cuidado e carinho das professoras e a LAICCAM por promover um evento de tamanha importância, necessidade e qualidade”, enfatizou.