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Definida comissão para negociar os serviços emergenciais e prioritários para a Universidade

A Reitoria publicou nesta quinta-feira, 24, a Portaria 120/2016, que estabelece a comissão, formada por diretores, estudantes e representantes da Administração Central, que vai atuar como mediadora frente aos movimentos de estudantes, professores e servidores técnico-administrativos contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 55), em tramitação no Senado Federal, que limita para os próximos 20 anos os investimentos públicos em educação e saúde, comprometendo a qualidade e a expansão nessas duas áreas.

Integram a comissão, representando as diretorias das unidades acadêmicas, Juliane Corrêa, da Faculdade de Educação (FaE), e Andrea Macedo, do Instituto de Ciências Biológicas (ICB). Os representantes da Administração Central são os pró-reitores Maria José Grillo (Recursos Humanos) e Tarcísio Mauro Vago (Assuntos Estudantis). Como representantes discentes, foram designados Anna Carolina de Paiva Leal (Pedagogia) e Vinícius Morais Lima (Ciências Biológicas).

Conforme determinou o Conselho Universitário, em reunião no último dia 17, considerando que é necessário restaurar o clima de respeito mútuo, marca do espírito universitário, cabe à comissão intermediar o diálogo com os manifestantes, “avaliando as situações conflituosas e estabelecendo os serviços emergenciais e as prioridades a serem atendidas para que a Instituição não seja ainda mais prejudicada, uma vez que esses movimentos têm como objetivo precípuo a defesa da universidade pública e gratuita”.

A nota, emitida pelo órgão máximo de deliberação da UFMG, reconhece o direito à manifestação, destaca que os movimentos provocam impactos na rotina acadêmica e condena excessos que têm sido cometidos por agentes, individuais e coletivos, da comunidade universitária.

A categoria dos servidores técnico-administrativos em educação não designou, até o momento, representantes para a comissão, embora essa indicação esteja prevista na decisão do Conselho Universitário.

A esse respeito, a Reitoria da UFMG informa que lamenta a decisão dos técnicos administrativos em educação de não acatar a decisão do Conselho Universitário. O Reitor Jaime Ramírez reitera sua disposição para o diálogo, seu compromisso com a comunidade universitária e seu empenho em seguir a determinação do Conselho Universitário de que “a instituição não pode ser ainda mais prejudicada” pelos movimentos em curso na UFMG em repúdio à PEC 55, “uma vez que estes movimentos têm por objetivo precípuo a defesa da universidade pública e gratuita”.

Segundo o reitor, na quarta-feira, dia 23, após inúmeras tentativas de diálogo que não surtiram efeito, setores da Pró-reitoria de Administração – os departamentos de Manutenção (Demai) e de Transporte (Ditra) – que haviam sido trancados com correntes pelo Sindifes, impedindo os serviços de manutenção emergencial e de transporte da Universidade, tiveram que ser abertos para restabelecer os serviços, evitando o risco iminente de colapso das atividades da UFMG.
(Com Centro de Comunicação da UFMG)