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Circuito Internacional da pós–graduação em Enfermagem aborda ciclo de vida à saúde

circuido da posNesta terça-feira, 7 de março, o programa de Pós-Graduação da Escola de Enfermagem da UFMG iniciou o "Circuito internacional: articulando pesquisa, tecnologia, inovação e democracia em saúde e Enfermagem - descentralizando perspectivas em tempos de (pós) pandemia", com a palestra da professora Leah Li, da University College London - Ormond Street Institute of Child Health. O circuito faz parte do projeto que objetiva tornar a EEUFMG referência nacional e internacional na qualificação de profissionais de saúde na área de pesquisa, para interligar as comunidades e melhorar os indicadores de inserção internacional.

A mesa de abertura contou com a participação da diretora da Escola de Enfermagem da UFMG, professora Sônia Maria Soares, a subcoordenadora do Colegiado de Pós-graduação em Enfermagem, professora Tânia Couto Machado Chianca, a subchefe do Departamento de Enfermagem Materno-infantil e Saúde Pública (EMI), professora Mariana Santos Felisbino Mendes e o professor Jorge Gustavo Velásquez Melendez, líder do grupo de pesquisa Núcleo Interdisciplinar de Estudos e Pesquisa em Epidemiologia (NIEPE).

Na oportunidade, a professora Sônia destacou sua felicidade em participar do momento de celebração da excelência da nota 6 na avaliação da CAPES, conquistada com muito trabalho, empenho e dedicação de todos os integrantes da comunidade acadêmica. “Esse resultado precisa ser muito bem cuidado, e começar esse semestre com um circuito internacional é uma resposta extremamente importante para o programa, e para a Escola de Enfermagem. É uma marca de registro importante para os nossos 90 anos”.

Para a professora Tânia Chianca, o início do programa de circuito internacional é um momento ímpar, já que traduz os anseios, desejos e ações para fazer com que os valores da EEUFMG aconteçam. Segundo ela, o Programa apresenta planejamentos articulados ao Plano de Desenvolvimento Institucional que busca atender os objetivos de integração internacional da Escola, entre eles, incrementar o número de docentes pesquisadores estrangeiros visitantes. “Todos contribuem diretamente para a formação dos recursos humanos e para a melhoria de serviço com impacto social, educacional, sanitário, tecnológico, econômico e profissional. O circuito internacional é uma tentativa de trazer temas que sejam relevantes e articulados à temáticas emergentes e outras que precisam ser ampliadas a partir das pesquisas, inovações e tecnologias”.

Leah LiA professora Leah Li fez uma abordagem do ciclo de vida à saúde utilizando coortes de nascimento. Além disso, explicou o que é o estudo de Coorte e seu histórico, com a exposição da hipótese da origem fetal, e o porquê de utilizarmos o método em debate, apresentando dados de estudos que o utilizaram, e o conhecimento de “Life Course Epidemiology”, baseado no livro de Diana Kuh e Yoav Ben-Shlomo, “Chronic disease epidemiology”. “O ciclo de vida é um conjunto de trajetórias e caminhos interligados em várias áreas (saúde, família, trabalho) na vida do indivíduo, que são marcadas por eventos, transições e exposições em estágios da vida definidos biologicamente e socialmente.”

Em sua primeira vez no Brasil, a professora Leah destacou seu interesse nos trabalhos que realiza em Londres e em parcerias de estudos com o Brasil, por meio de intercâmbios de alunos da UFMG e da universidade inglesa e na oportunidade de apresentar suas pesquisas sobre infância e ciclos de vida.

Durante o encontro, o professor  Gustavo frisou a importância da presença da professora Leah e a integração dos seus conhecimentos para pesquisas realizadas na universidade. Ele enfatizou que uma parte do trabalho da Enfermagem é realizada na atenção básica, primária, e que os enfermeiros lideram os atendimentos pré-natal, que corroboram na existência de benefícios na saúde das crianças e das gestantes.

Ele destacou, ainda, que como os estudos de curso de vida são realizados por meio de uma coorte de crianças, eles são importantes para analisar as condições de saúde delas, pela curva da saúde, altura ou IMC. Ademais, essas taxas e curvas podem explicar algumas condições da saúde na vida futura, de curto, médio ou longo prazo, além de relações sócio-econômicas. O professor completou explicando que, no Brasil, devido ao alto custo dos estudos de coorte, os pesquisadores desenvolveram método através do cruzamento de dados do Cadastro Único, SINASC e SISVAN, formando uma coorte de 100 milhões de brasileiros, trabalho coordenado pelo CIDACS/Fiocruz.

Assista aqui o evento completo.