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Ex-alunos da UFMG podem participar de pesquisa sobre impacto do padrão alimentar brasileiro no desenvolvimento de doenças

Imagem Pesquisa CUMEAté 24 de junho, ex-alunos de graduação e pós-graduação da UFMG podem participar de pesquisa que avalia o impacto do padrão alimentar brasileiro, de grupos de alimentos e fatores dietéticos específicos no desenvolvimento de doenças e agravos não transmissíveis (DANT). O projeto Coorte de Universidades Mineiras (Cume) aceita também a participação de egressos de outras seis federais do estado: de Viçosa (UFV), de Ouro Preto (Ufop), de Lavras (Ufla), de Juiz Fora (UFJF), de Alfenas (Unifal) e dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) que residam em qualquer parte do território nacional. Para participar da pesquisa, é preciso realizar cadastro (disponível neste link)   e responder os questionários.

Segundo a professora Larissa Loures Mendes, do Departamento de Nutrição da Escola de Enfermagem da UFMG e coordenadora do Cume núcleo UFMG, as DANT são as principais causas de adoecimento e de morte da população brasileira. "Entretanto, as diretrizes nacionais de promoção da saúde, prevenção, controle e tratamento destas doenças e agravos são baseadas nos resultados de estudos internacionais que não refletem de maneira fidedigna os hábitos alimentares da nossa população. Portanto, a participação de ex-alunos neste estudo pioneiro é primordial para nos ajudar a preencher essa lacuna no conhecimento”.

Ela explica que a coleta de dados é realizada a cada dois anos com a aplicação de questionários semiestruturados, criados em ambiente virtual, com perguntas sobre características demográficas, socioeconômicas, do estilo de vida, dos hábitos alimentares e das condições de saúde. O estudo será dividido em duas etapas, na primeira, os participantes responderão questões relativas às características demográficas, socioeconômicas, do estilo de vida, bioquímicas e relacionadas à saúde. Na segunda, será aplicado um questionário de frequência de consumo de alimentos (QFCA) e perguntas sobre hábitos alimentares.

Resultados anteriores
Desde março de 2016, o estudo epidemiológico do tipo coorte prospectiva aberta intitulado “Coorte de Universidades Mineiras (CUME)” é desenvolvido em parceria entre sete instituições públicas federais de ensino superior do Estado de Minas Gerais e a Universidad de Navarra (Espanha).

Em 2018, 7.919 pessoas participaram do estudo e os resultados indicaram que, entre os participantes, 8,9% eram fumantes, 46,3% sedentários ou insuficientemente ativos, 56,5% consumidores pesados de bebidas alcoólicas, 40,8% tinham excesso de peso, 22,6% hipercolesterolemia, 12,7% hipertrigliceridemia, 3,3% hiperglicemia, 11,6% hipertensão arterial (HAS) e 12,8% depressão. O consumo médio diário de calorias foi de 2.242, distribuídas em 64,3% de alimentos in natura/minimamente processados/ingredientes culinários (IN/MP/IC), 9,9% de alimentos processados e 25,8% de alimentos ultraprocessados.

A professora Larissa Loures ressalta, ainda, que as evidências científicas do estudo CUME terão importante implicação na identificação de fatores de proteção/risco para Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) e na elaboração de estratégias de promoção à saúde, de prevenção e de controle da morbimortalidade por este grupo de enfermidades, particularmente, com ênfase no consumo alimentar.

Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail projetocume@gmail.com ou no site do projeto Cume.