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Projeto Portas Abertas debate impactos do capacitismo na vida de pessoas com deficiência

LIVE PortasO 1º seminário do projeto Portas Abertas será realizado na próxima quarta-feira, 15 de dezembro, às 19 horas, com transmissão pelo Youtube. O evento traz como tema “Quem define o que cada um pode fazer? Entendendo o capacitismo e como ele impacta no dia a dia da pessoa com deficiência”. Para esse debate participam profissionais da área da saúde e do ensino universitário que trazem suas experiências e conhecimentos sobre o tema da acessibilidade e inclusão no âmbito da universidade. A discussão também inclui o que a comunidade acadêmica pode fazer para conter o capacitismo e melhorar a acessibilidade.

As inscrições são gratuitas, abertas a todos e podem ser feitas até o dia 14 de dezembro pelo www.even3.com.br/seminariopipaufmg. Haverá tradução em Libras e certificado para quem participar ao vivo.

“Este é o primeiro grande evento do Projeto Portas Abertas (PIPA-NAI) da Faculdade de Medicina, um projeto que tem por objetivo trabalhar pela melhoria do acolhimento e da acessibilidade dos alunos com deficiência no nosso cenário”, comenta a coordenadora do projeto, Taciana de Figueiredo Soares, professora do Departamento de Propedêutica Complementar.

De acordo com ela, dentro da Instituição há uma dificuldade de entendimento sobre o potencial de trabalho das pessoas com deficiência e, muitas vezes, elas não são consultadas sobre a questão, tendo seu futuro profissional definido por terceiros. “Por vezes, os estudantes com deficiência correm o risco de serem alijado do direito de cumprir etapas importantes para a sua formação. É como se também fossem incapazes de compreender suas potencialidades e suas capacidades de atuar, de trabalhar, de desenvolver no ambiente laboral”, pontua Taciana. Em continuidade, ela explica que esse processo que tende a excluir a autonomia chama-se capacitismo e está presente na sociedade, assim como na Faculdade, manifestando-se em diferentes situações e causando sofrimento às pessoas com deficiência.

“Tomemos como exemplo uma pessoa com uma deficiência motora que deseja cumprir um estágio acadêmico ou de complementação da sua formação profissional: a pergunta que deve ser respondida é como o serviço se preparará para integrá-la nesse cenário de treinamento (residência médica, por exemplo) com vistas ao desenvolvimento profissional, respeitando suas necessidades, sem excluí-la do processo de aprendizagem”, exemplifica a professora.

Tendo em vista sobre essas dificuldades, a coordenadora aponta o evento como uma oportunidade de entender essas situações e trabalhar pela mudança da comunidade acadêmica, ou mesmo, para a sociedade.

“Precisamos buscar formas de romper tais barreiras, criar cenários que permitam a plena aplicação das potencialidades que todos possuímos, de nos adequar às demandas da nossa população, independente da situação. Precisamos abrir nossas mentes e acolher mais”, Taciana de Figueiredo Soares, coordenadora do Projeto Portas Abertas.

(Com Centro de Comunicação da Faculdade de Medicina da UFMG)