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Estudantes de Enfermagem realizam intervenção em unidade de internação do Hospital das Clínicas da UFMG

No período de maio a julho de 2021, as estudantes da disciplina Estágio Hospitalar em Unidade de Saúde de Média e Alta Complexidade, do curso de graduação em Enfermagem, Rafaela Pereira Rocha Reis e Wendy Kelly Loyola Fernandes realizaram atividade de intervenção na unidade de internação do Instituto Alfa de Gastroenterologia e Cirurgia do Aparelho Digestivo (2º SUL) do Hospital das Clínicas da UFMG/Ebserh. Sob orientação da professora Eline Lima Borges, a atividade teve como objetivo corrigir fragilidades quanto às verificações de sinais vitais junto aos profissionais de nível técnico da equipe de enfermagem e foi proposta em seis etapas: coleta inicial de dados por meio de diário de campo; revisão na literatura; produção e divulgação do vídeo Pitch; roda de conversa; avaliação da intervenção e devolutiva da intervenção a equipe e premiação dos participantes.


Roda ConversaRoda de conversa com as estudantes na unidade de internação do Instituto Alfa

De acordo com a professora, a proposta do trabalho partiu da identificação prévia por parte de alguns enfermeiros que compõem a equipe de enfermagem da unidade, acerca das fragilidades em relação à semiotécnica dos sinais vitais. “Diante do comentário dos enfermeiros, passou-se para a observação diária, de forma sistematizada, por meio do registro do diário de campo no período de uma semana. Ao final deste período, o problema foi confirmado a partir da identificação dos fatos: avaliação da dor sem mensuração por escala, mensuração de frequência respiratória sem observação de relógio de segundos, divergência nos valores da pressão sistólica aferida por esfigmomanômetro analógico e digital, aferição de temperatura com termômetro axilar sem respeitar o tempo previsto pela literatura ou sem emissão de sinal sonoro quando em uso do digital, dentre outros. A não conformidade na verificação de sinais vitais por parte da equipe de enfermagem, compromete a qualidade da assistência prestada”, explica.

Eline enfatiza, ainda, que a intervenção foi realizada com empenho pelas estudantes que enfrentaram todos os desafios impostos pela pandemia da Covid-19 e destaca que é importante refletir sobre a importância de enfrentar este momento com adoção de estratégias criativas para manter as atividades de capacitação na prática clínica. “A atividade foi assertiva e possibilitou corrigir fragilidades da aferição de sinais vitais junto aos profissionais de nível técnico da equipe de enfermagem, avaliando-as antes e após a implementação da ação. Os participantes foram estimulados a reflexão e percepção da importância atribuída a sua prática. E assim, ao fim da intervenção foi possível observar profissionais mais reflexivos e atuando em conformidade com a semiotécnica prevista na literatura, apesar das limitações diárias que encontram no ambiente de trabalho. Os resultados alcançados demonstram que os estudantes do Curso de Enfermagem da UFMG têm potencial de transformar a realidade. A educação em saúde é algo pertinente e deve ser um hábito para os profissionais de enfermagem. A revisão da técnica de procedimentos desde os mais simples aos mais complexos garante uma prática mais segura aos usuários dos serviços de saúde”, conclui a professora.