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Opinião: reflexões sobre o Dia Mundial do Enfermo

Por Jaqueline Almeida Guimarães Barbosa- Docente do Departamento de Enfermagem Báscia da Escola de Enfermagem da UFMG

É preciso cuidar com amor

Em 11 de fevereiro, comemora-se o Dia Mundial do Enfermo. Essa data implica, pois, em se fazer uma reflexão em prol daqueles que se encontram doentes e debilitados. São pessoas, muitas vezes, incapazes de reagirem ou reivindicarem mudanças quando a assistência recebida não é adequada, não só por incapacidade cognitiva, mas também pelo estado de dependência de outros para sua sobrevivência.

Nos últimos anos, o segmento da atenção à saúde passou por grandes mudanças. Os avanços tecnológicos favoreceram a prestação de cuidados, com equipamentos que asseguram a infusão precisa de medicamentos e o monitoramento dos parâmetros vitais dos pacientes. Hoje se dispõe de colchões que auxiliam na prevenção de lesões por pressão em pacientes acamados, camas que facilitam a mudança de decúbito e posicionamento dos pacientes, adesivos usados em procedimentos que previnem lesões de pele, curativos que favorecem a cicatrização e previnem infecções, dentre outros.

Contudo, em se tratando de cuidado a enfermos, a tecnologia voltada para equipamentos e insumos por si só, não basta. Quando adoecidas, as pessoas encontram-se, quase sempre, angustiadas e receosas quanto ao futuro, tristes, em situação de sofrimento enquanto tratam da doença, muitas vezes, incapacitante ou causadora de muitas mudanças em suas vidas. Requerem, pois, cuidados que vão muito além de procedimentos técnicos, reconhecendo-se aqui a essencialidade destes, os quais exigem conhecimentos científicos para que sejam realizados com qualidade e segurança. Mas em se tratando de atenção ao ser humano fragilizado, é preciso mais. Essas pessoas precisam também de apoio, afeto, respeito, compreensão! Precisam ser ouvidas, olhadas nos olhos, tocadas, o que nenhum recurso tecnológico é capaz de suprir.

O paciente deve estar, pois, no centro do cuidado, atendido quanto às suas necessidades e desejos. Seja no serviço público ou privado, nos hospitais ou nas unidades básicas de saúde, seja o paciente uma criança, um adulto ou um idoso, todos merecem receber um cuidado qualificado, individualizado e humanizado quando dele necessitam. Precisam ser acolhidos e respeitados, assistidos dentro de uma abordagem dialógica, ética e holística, que contemple não apenas suas necessidades fisiológicas, mas também psíquicas e espirituais. Merecem receber um cuidado que amenize seus medos e inseguranças, no qual haja vínculo entre o cuidador e o paciente, e também, muito amor.

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