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Ministério da Saúde quer conhecer o perfil de saúde dos brasileiros

Se você tem 18 anos ou mais e mora em uma das 26 capitais do país, além de Brasília, poderá receber uma ligação do Ministério da Saúde e participar da principal pesquisa no país que mede os fatores de risco e de proteção para doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes, cânceres, obesidade, doenças respiratórias e relacionadas ao coração – principais causas de mortes no país. É o início da pesquisa Vigitel 2020 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), realizada pelo Ministério da Saúde, em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais e com a Faculdade de Saúde Pública da USP. A expectativa é ouvir cerca de 27 mil pessoas somente no primeiro semestre.

“Conhecer a situação de saúde da população é o primeiro passo para planejar ações e programas que reduzam a ocorrência e a gravidade destas doenças, melhorando, assim, a saúde da população”, destacou o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson Oliveira.

Desde 2006, a pesquisa Vigitel monitora a frequência e a distribuição de fatores de risco para o surgimento destas doenças através de um questionário, respondido por telefone, sobre itens como hábitos alimentares (consumo de frutas e hortaliças) e estilo de vida (prática de atividade física, tabagismo e consumo de bebidas alcóolicas). São também investigadas a frequência e o diagnóstico médico de hipertensão arterial e diabetes, bem como a realização de exames de mamografia e de papanicolau.

O tempo médio para responder ao questionário é de cerca de 12 minutos. As ligações serão feitas das 9h às 21h (horário de Brasília) nos dias da semana, e das 10 às 16h aos sábados, domingos e feriados.

O professor do Departamento de Nutrição da Escola de Enfermagem da UFMG, Rafael Moreira Claro, que faz parte do grupo coordenador do inquérito, afirmou que a Universidade Federal de Minas Gerais fornece subsídios técnicos para auxiliar o Ministério da Saúde na condução da pesquisa. “Realizar um inquérito de proporções nacionais como o Vigitel é sempre uma tarefa complexa. Somos responsáveis por auxiliar no treinamento dos entrevistadores, na tabulação e análise dos dados e no acompanhamento da coleta de dados durante o ano”, explicou.

RC VIGITELO professor Rafael Claro e os entrevistadores durante o treinamento

A participação na pesquisa Vigitel é voluntária. Contudo, é muito importante para que seja possível conhecer o retrato da saúde das pessoas no país e para o planejamento e monitoramento das ações e políticas públicas de cuidado à saúde dos brasileiros.
Saiba mais sobre a pesquisa VIGITEL

Escolha dos entrevistados
As entrevistas telefônicas são realizadas anualmente em amostras da população adulta (18 anos ou mais) residente em domicílios com linha de telefone fixo. Inicialmente, são sorteados números telefônicos fixos a partir de bases de cadastros existentes nas capitais do país, cedidos pelas empresas telefônicas. A próxima etapa é identificar, entre as linhas sorteadas, aquelas que são elegíveis, ou seja, que estão disponíveis e aptas para responder a pesquisa.
São consideradas não elegíveis as linhas que correspondem a empresas; não existem ou se encontram fora de serviço; ou não atendem a seis tentativas de chamadas feitas em dias e horários variados, podendo corresponder a domicílios fechados. As linhas consideradas elegíveis passam por uma segunda etapa, com sorteio de um dos moradores adultos no domicílio para responder ao questionário.
Quem atender a ligação precisa informar a quantidade de moradores adultos (com 18 anos ou mais) do domicílio, além da idade e do sexo. A partir dessas informações, os resultados da pesquisa poderão representar os hábitos de vida de toda a população adulta das capitais brasileiras.

Segurança
Durante o inquérito telefônico, não será perguntada qualquer informação relacionada a documentos pessoais, como CPF, RG ou mesmo dados bancários. As únicas informações pessoais obtidas por meio da pesquisa dizem respeito à idade, sexo, escolaridade, estado civil e raça/cor, uma vez que permitem que os resultados reflitam a distribuição sociodemográfica da população total.

O sigilo das informações é garantido pela Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011 (Lei de Acesso à Informação) e pela Resolução nº 466 de 12 de dezembro de 2012, do Conselho Nacional de Saúde.

(Com Luísa Schneiders, da Agência Saúde do Ministério da Saúde)