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Tratamento da tuberculose foi tema de webconferência do Projeto Telenfermagem

No dia 13 de novembro, foi realizada a webconferência “Busca ativa e acompanhamento do Tratamento da Tuberculose”, do projeto Telenfermagem da Escola de Enfermagem da UFMG, ministrada pela professora Silvana Spíndola de Miranda, coordenadora do Ambulatório de Tuberculose e Laboratório de Microbactérias da Faculdade de Medicina da UFMG, para os municípios cadastrados pelo Programa de Telessaúde Brasil Redes. Ela falou sobre a importância do diagnóstico da tuberculose, o tratamento da doença e suas formas de acompanhamento.

Silvana Spíndola Segundo a professora, a busca ativa é feita ao se interrogar sobre a presença e duração da tosse a toda clientela da unidade de saúde e orientar os pacientes Sintomáticos Respiratórios (SR) identificados sobre a coleta de escarro para exame. “Após a coleta das amostras de escarro e encaminhamento para o laboratório local, o resultado costuma sair entre 24h e 48h. A adesão ao tratamento depende de alguns fatores como a vontade do paciente e o contexto social em que ele está inserido, o grau da doença e a forma de tratamento”, explicou.

De acordo com o Ministério da Saúde, as pessoas em situação de rua são mais vulneráveis ao adoecimento por tuberculose devido às condições sociais e de saúde. Um dos agravantes para a disseminação da doença entre eles é a falta de estrutura e materiais de coleta para exame específico. “A tuberculose é um problema de saúde pública, os moradores de rua doentes apresentam maior probabilidade de abandono da terapia devido a diversos motivos: uso de drogas e álcool, dificuldade de acesso ao local de tratamento, falta de informação e acompanhamento, preconceito, dentre outros. Além disso, a falta de adesão ao tratamento aumenta o risco de transmissão entre eles. Esse conjunto de situações dificulta o tratamento e controle da doença nessa população”, afirmou a professora.

O acolhimento do paciente, segundo Silvana, se dá a partir da escuta solidária e da busca de produção de vínculo capazes de identificar as necessidades do paciente para a elaboração conjunta de estratégias que visem o sucesso do tratamento. “Para melhorar a adesão ao tratamento, conta-se com o apoio do Tratamento Diretamente Observado (TDO), onde os profissionais da saúde observam os pacientes com tuberculose ingerir os medicamentos três vezes na semana, e do Projeto Terapêutico Singular (PTS), no qual é criado um diagnóstico situacional da pessoa em tratamento, com definição de metas, divisão de responsabilidades e reavaliação”.