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Professor Paulo Buss participa de ciclo de debates sobre Diplomacia em Saúde e Saúde Global

Diplomacia em Saúde e Saúde Global foram discutidas nesta segunda-feira, 25 de novembro, com o professor Emérito da Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz, Paulo Buss, no Ciclo de Debates da Pós-graduação em Enfermagem. A atividade integra a disciplina Saúde Global, organizada pelos professores Andréa Gazzinelli e Ed Wilson Vieira e pelos pós-doutorandos Gisele Nepomuceno de Andrade e Leonardo Ferreira Matoso.

Paulo BussO professor Paulo Buss explicou que Saúde Global se refere “àquelas questões de saúde que transcendem fronteiras nacionais e governos e demandam intervenções nas forças e fluxos globais que determinam a saúde das pessoas. Requer novas formas de governança em nível nacional e internacional, as quais procuram incluir uma ampla gama de atores”.

Tem como principais precedentes a Saúde Pública e a Saúde Internacional. “Com a primeira compartilha o foco na saúde da coletividade, a interdisciplinaridade e ações de promoção, prevenção e recuperação da saúde humana. Com a Saúde Internacional compartilha uma abordagem para além das fronteiras nacionais”.

A diplomacia, segundo o professor, é arte e prática de levar a cabo negociações entre representantes de Estados. Ele destacou que Diplomacia da Saúde é o espaço político e técnico que toma a saúde como seu objeto precípuo e central; já a Diplomacia em Saúde, é a utilização de recursos da diplomacia geral para resolver problemas no campo da saúde.

Ele destacou, ainda, os espaços da diplomacia da saúde que são, no plano global, a Organização Mundial da Saúde, no plano regional, a Organização Pan-americana da Saúde e, no plano nacional, o Ministério da Saúde, as Oficinas de Relações Internacionais em Saúde [ORIS] e o Ministério das Relações Exteriores.

Agenda global da diplomacia da saúde
De acordo com o professor, a Agenda para o Desenvolvimento 2030 é a mais importante política pública intergovernamental vigente na atualidade e na próxima década. “Sua implementação depende, em grande parte, da qualidade da cooperação entre os países, dado o alto grau de interdependência política, social e econômica entre os mesmos e o alcance dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável contidos na Agenda, bem como a participação da sociedade”.

Para ele, o debate nas Nações Unidas sobre a Agenda de Desenvolvimento 2030 “transcende o interesse exclusivamente global, devido aos impactos que os acordos internacionais firmados no âmbito das Nações Unidas têm sobre as políticas nacionais de desenvolvimento que, por sua vez, terminam por interferir significativamente na qualidade de vida e na saúde das populações de cada um e de todos os países do mundo”.