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Educação Permanente é tema de encontro promovido pelo NUPEPE

Nesta terça-feira, 22 de outubro, o Núcleo de Pesquisa e Estudos sobre a Prática de Enfermagem (NUPEPE) promoveu um encontro para discutir educação permanente em saúde e divulgar os resultados da pesquisa realizada em municípios mineiros intitulada: "Educação Permanente: nos modos de pensar e fazer a Gestão, Atenção, Formação e Participação Social no e para o SUS". O evento reuniu professores dos cursos de graduação na área de saúde da UFMG e de outras instituições de ensino de Minas Gerais; profissionais de serviço, em especial os que contribuíram com a elaboração do Plano Estadual de Educação Permanente em Saúde e ligados a setores de Educação Permanente em hospitais e outros serviços de saúde.

A professora Kênia Lara Silva, líder do NUPEPE, afirmou que durante o evento foram divulgados os resultados da pesquisa realizada no período de 2015 a 2019, que iniciou sob a coordenação da professora emérita Roseni Sena, que faleceu em 2016. “O objetivo da pesquisa foi analisar as práticas de Educação Permanente em Saúde no campo do ensino, atenção e do controle social no SUS, identificando quais as inovações temos nesse campo e quais são as questões que levam a consolidação do SUS a partir da EPS”.

mesa evento educaçaõ em saudePara discutir o panorama conceitual e operacional da Educação Permanente em Saúde no Brasil, foi realizada uma mesa-redonda que contou com a participação da professora da Faculdade de Saúde Pública da USP (SP), Laura Camargo Macruz Feuerwerker e da professora da Universidade do Vale do Itajaí (SC), Juliana Vieira de Araujo Sandri.

A professora Laura afirmou que um dos principais desafios para a EPS é a construção mais participativa e compartilhada da aprendizagem a partir das experiências de trabalho. “A execução da educação permanente hoje está centrada nos municípios, nas equipes locais e existe a necessidade de relações mais solidárias para aprender com o que se faz, prestando atenção nos efeitos que produzimos nos usuários e nos colegas. Existe uma tentativa muito forte de padronizar e a educação permanente opera no sentido contrário, cada situação e cada lugar pedem respostas diferentes e isso nos ajuda a olhar para o que está acontecendo e tentar construir respostas que sejam mais potentes para os problemas de maneira que o trabalho faça mais sentido para todos”.

O Protagonismo das Comissões Permanentes de Integração Ensino-Serviço foi destaque da palestra da professora Juliana. Ela explicou que as Comissões Intergestoras Regional (CIR) são instâncias formadas pelos gestores municipais e por representantes do(s) gestor(es) estadual(ais) que são responsáveis pela condução regional da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde com o apoio das Comissões Permanentes de Ensino-Serviço (CIES). “Santa Catarina está constituída por 16 CIR e 16 CIES Regionais, abrangendo todas as macrorregiões de saúde e, consequentemente, todas as cidades do estado. É composta por gestores estaduais e municipais de educação e/ou de seus representantes; trabalhadores do SUS e/ou de suas entidades representativas; instituições de ensino com cursos na área da saúde, por meio de seus distintos segmentos e movimentos sociais ligados à gestão das políticas públicas de saúde e do controle social no SUS”.

No que diz respeito ao protagonismo da CIES, a professora destacou: apoio a formação dos Núcleos Municipais de Educação Permanente; participação das reuniões da CIR e acompanhamento do Programa para o Fortalecimento das Práticas de Educação Permanente em Saúde no Sistema Único de Saúde (PROEPS SUS).

A pesquisa
A mestranda em Enfermagem Bruna Dias França apresentou a pesquisa "Educação permanente em saúde e os modos de pensar e fazer gestão, atenção, formação e participação no e para o SUS”. Ela explicou que o estudo foi realizado em quatro fases: Análise da Política de EPS; Mapeamento das experiências de (EPS) implantadas, com um questionário online respondido por 404 municípios mineiros em 2015 e 198 em 2019; Análise em profundidade de práticas ou experiências de EPS, com visitas a 10 municípios e Análise da criatividade e inovação no processo de trabalho em saúde e da enfermagem.

Sobre as conclusões e incorporação no SUS, Bruna destacou que reconhece-se que a educação permanente tem potência para promover mudanças nas práticas de gestão, assistência, educação e controle social. Além disso, foi pontuada a importância de investir com maior indução na EPS para o controle e participação social no SUS e resgatar estratégias de articulação entre ensino e serviços de saúde e a necessidade de avaliar os efeitos a longo prazo das mudanças políticas e de gestão sobre a EPS.

Modos de pensar
Modos de pensar e fazer a formação e a EPS foram discutidos em mesa-redonda com representantes da Universidade, da gestão municipal de Congonhas, da CIES Estadual e do Conselho Estadual de Saúde. Os participantes expuseram como cada um destes segmentos vêm trabalhando a EPS e os desafios para uma prática que seja inovadora.

IMG 9981Mesa Temática – “EPS na perspectiva da gestão, atenção, formação e participação no e para o SUS”