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Palestra sobre o uso de ferramentas da metodologia Lean marca o início das comemorações dos 10 anos do curso de Gestão

Abertura GestaoAlunos e professores do curso de Gestão de Serviços de Saúde se reuniram nesta quarta-feira, 27 de março, para dar início às comemorações dos 10 anos do Curso.

A mesa de abertura contou com a presença da diretora da Escola, professora Sônia Maria Soares, da coordenadora e sub-coordenadora do Colegiado, professoras Sônia Nunes Viana e Mirela Castro Santos Camargos e da professora Keli Bahia, representando os professores do curso.

A diretora destacou a importância dos docentes e toda a comunidade acadêmica que se envolve com o curso para a construção dos 10 anos de história. “Esse é o primeiro momento do começo de tudo, o significado de nós estarmos aqui com o propósito de transformar não só a formação, mas também as práticas que estão no hospital. Temos certeza que estamos vendo e veremos no resultado dos projetos que o curso de Gestão está trazendo transformações para os serviços e o contexto das ações do SUS e da iniciativa privada”, completou. Para além, Sônia cumprimentou e parabenizou a comissão organizadora da comemoração.

O uso de ferramentas da metodologia Lean na gestão de um Pronto-Socorro público foi tema da palestra ministrada pela gerente do Pronto-Socorro do Hospital das Clínicas da UFMG e professora voluntária do Curso de Gestão de Serviços de Saúde, Melissa Prado de Brito.

Ela explicou que a metodologia Lean consiste em uma abordagem sistemática de identificação e eliminação de desperdícios dos processos, com foco principal em agregar valor para o cliente, buscando a melhoria contínua. "Aplicando essa metodologia nos serviços de saúde é possível alcançar como resultado o aperfeiçoamento da jornada do paciente, através da implementação de estratégias de gestão para otimizar a eficiência dos processos e agilidade dos fluxos, incluindo a alocação adequada dos recursos no sentido de reduzir ineficiências e desperdícios na utilização da capacidade disponível".

melissa pradoMelissa pontuou que a superlotação ocorre quando a quantidade de pacientes excede a capacidade da estrutura e que recentemente tem sido identificada como um problema de fluxo intra-hospitalar.
Sobre o que causa a superlotação, ela enfatizou: pacientes aguardando leitos (boarding); giro de leitos hospitalares; taxas de ocupação acima de 90%; fluxos de pacientes eletivos e de pacientes urgentes sem separação; fluxos pouco operantes, considerando os processos e a integração com a rede e processos de trabalho mal planejados, com execução de atividades que não agregam valor para o paciente.

“As consequências da superlotação são resultados desfavoráveis no tratamento e na evolução dos pacientes, podendo contribuir para o aumento da mortalidade em até 2 vezes, a partir de 12h; aumento do tempo de permanência hospitalar de 4 a 7 dias e aumento de erros médicos”, ressaltou.

No que diz respeito às estratégias para melhorar o desempenho com impacto na redução da superlotação nos serviços de urgência e emergência, a gestora destacou que atualmente existem várias ferramentas sendo utilizadas com excelentes resultados.

"Uma das estratégias é o Plano de Capacidade Plena (PCP), que também foi destaque como uma das ferramentas apresentadas na palestra. Ela explicou que consiste em um processo utilizado no gerenciamento de atividades com o objetivo programar e controlar o que foi estabelecido, não permitindo que o objetivo final perca o foco. Segundo ela, o plano é acionado a partir dos níveis de superlotação do Pronto-Socorro. "Ajuda na tomada de decisão em casos onde a demanda é maior que a capacidade instalada do hospital”.

Melissa Brito finalizou destacando que o papel do gestor é promover os recursos necessários para atender a demanda; alocar adequadamente os recursos no sentido de reduzir ineficiências e desperdícios na utilização da capacidade disponível; identificar os processos críticos a serem mapeados e as prioridades de atuação a partir do levantamento de dados, dos problemas e das necessidades; planejar e desenvolver estratégias para intervir e corrigir os achados de não conformidade. Além disso, avaliar sistematicamente o processo a partir de indicadores de acompanhamento.

Homenagem
A professora Keli Bahia homenageou a professora Marília Alves, idealizadora do Curso e Diretora da Escola de Enfermagem da UFMG de 2006 a 2010. “Seria uma ousadia colocarmos que tudo se iniciou em um momento político de expansão das Universidades públicas – o REUNI. Certamente, esse foi o momento propício para se apresentar um projeto que, sem dúvidas, foi cuidadosamente desenhado e alicerçado nas vivências e experiências profissionais da professora Marília. Experiências capazes, sim, de transformar uma realidade. Capazes de ouvir o grito ou o sussurro contínuo e, por vezes, abafado, dos serviços de saúde para a necessidade de um profissional com uma formação diferenciada na frente da gestão. Uma formação que buscaria a excelência, a partir da articulação de diversas áreas de conhecimento; pois, não há como entender a complexidade de um serviço de saúde sem evidenciar suas interfaces com as outras áreas. Temos a certeza de que todas as conquistas foram os primeiros frutos de colheita ainda muito promissora pois a essência daquele ideal, vislumbrado há anos por ela, está arraigado nos alicerces deste curso”, ressaltou.
keli e marilia

Comemorações até novembro
A coordenadora do Colegiado, professora Sônia Nunes Viana, destacou detalhes da programação que se estenderá até novembro deste ano. “10 anos de um curso do Reuni com a proposta de interdisciplinaridade, de acolher os alunos trabalhadores, não poderiam ser comemorados em uma única só data, por isto a opção de fazer em seis datas ao longo do ano de 2019, abordando atividades científicas, culturais e a proposta de uma festa temática que acontecerá no mês de setembro. Confira aqui a programação completa.