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Abordagem profissional na qualidade de vida é tema de seminário de reabilitação do Estomizado

seminário elineA décima primeira edição do Seminário de Reabilitação do Estomizado aconteceu na última sexta-feira, 23 de novembro, no Auditório Maria Sinno em comemoração ao Dia do Ostomizado, 16 de novembro. O evento teve como tema “Abordagem Profissional na Qualidade de Vida” , foi organizado pelos alunos do Curso de Especialização em Estomaterapia da Escola de Enfermagem, e contou com o apoio da Associação dos Ostomizados de Minas Gerais (AMOS) e da coordenadoria de Atenção à Saúde da Pessoa com Deficiência (CASPD) da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais.

Sandy de Melo, aluna do curso de especialização e uma das responsáveis pela organização desta edição esclareceu que o seminário foi uma oportunidade de ter acesso às novas informações e discussões acerca da temática, tanto para alunos, quanto para profissionais e pessoas ostomizadas. A professora da EEUFMG e estomaterapeuta, Eline Lima Borges, coordenadora do curso, explica que o seminário é uma atividade didática dos estudantes, que, a cada ano, são responsáveis pela realização do evento. 

Para Sandy, a importância do evento está relacionada à possibilidade de mostrar que a promoção da qualidade de vida da pessoa estomizada começa no pré-operatório. “Com esse seminário mostramos no pré-operatório o que podemos fazer para melhorar a qualidade de vida e no pós-operatório o que é importante, a adaptação do equipamento coletor e a questão da alimentação”, disse.

O evento contou com a presença de profissionais da Estomaterapia e Nutrição para a realização de palestras. Uma das palestrantes foi a nutricionista Erica Queiróz Dias Corrêa que trouxe a alimentação como integrante do cuidado pré e pós-operatório do Ostomizado. Além disso, Erica afirmou que o seminário foi relevante por trazer a visão do paciente no centro do cuidado. “É muito importante um evento desse para demonstrar a importância do cuidado com paciente e colocar ele no centro do cuidado, para ser o agente do tratamento dele”, comentou.

A questão emocional também foi tratada no seminário. “As pessoas estomizadas passam por um sofrimento muito grande, não só o sofrimento físico, mas também emocional porque deixa de usar uma parte do corpo, perdem o controle da eliminação intestinal ou da eliminação urinária”, disse Eline. Segundo ela, no início do pós-operatório esses pacientes passam pela fase do luto provocada pela perda de parte do corpo. Nesse sentido, a orientação e assistência do estomaterapeuta são ainda mais importantes, pois podem acelerar esse processo.

Os palestrantes também discorreram sobre a importância da demarcação do estoma no pré-operatório para todos os pacientes e a auto irrigação dos pacientes com colostomia esquerda definitiva como estratégias para o processo de reabilitação.
Redação: Teresa Cristina– estagiária de Jornalismo
Edição: Rosânia Felipe