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Professora Teresa Kurimoto e aluna Mariana Gonçalves integram Comissão Permanente de Saúde Mental da UFMG

SEMANA DE SAUDE MENTALEm atividade que integra a programação Setembro Amarelo, será apresentada na noite desta quarta-feira, 26, no auditório da Reitoria, a Comissão Permanente de Saúde Mental da UFMG, instituída pela reitora Sandra Regina Goulart Almeida. Na ocasião, o psiquiatra italiano Ernesto Venturini, um dos nomes mais importantes da luta antimanicomial, fará palestra sobre saúde mental no ambiente universitário e os desafios contemporâneos para o enfrentamento dessa questão. O evento terá início às 19h.

A reitora explica que a comissão é o resultado de reflexões que vêm sendo feitas na Universidade nos últimos anos e tem o objetivo de se constituir em fórum permanente para a formulação de ações relacionadas à saúde mental, como a acolhida dos estudantes e servidores e a implementação de políticas na Universidade. Sandra Goulart Almeida também destaca que a palestra de Venturini integra a série de seminários Viver UFMG. “A Universidade quer fazer uma melhor acolhida, uma melhor inclusão, e, para isso, precisa discutir a questão da saúde mental e do pertencimento da nossa comunidade”, enfatiza.

O vice-reitor Alessandro Fernandes Moreira ressalta que é atribuição da comissão sistematizar as ações que buscam minimizar o sofrimento mental na comunidade universitária. “Temos a consciência de que situações relacionadas à Universidade podem contribuir para o adoecimento de pessoas com predisposição ou que já enfrentam outros problemas”, diz, salientando que algumas das ações em andamento são a Semana de Saúde Mental, os núcleos de escuta e os centros de convivência. “Estamos atentos e empenhados em construir as melhores soluções para essa questão, a começar por melhorar a convivência na UFMG, sob todos os aspectos.”

Proposta pela atual reitoria, a Comissão vai implantar medidas e acompanhar iniciativas diversas, segundo princípios e diretrizes que foram definidos pelo relatório final da Comissão Institucional de Saúde Mental (Cisme). De acordo com Teresa Kurimoto, esse trabalho se baseou numa construção coletiva, realizada a partir de discussões com os três segmentos que compõem a comunidade acadêmica e com diferentes setores da Universidade, incluindo a Rede de Saúde Mental.. “A rede é um espaço democrático de discussão e de construção científica e acadêmica”, diz a professora.

Em sintonia
Segundo Teresa Kurimoto, a comissão permanente vai se manter próxima das iniciativas das unidades acadêmicas, visando alinhar as preocupações dos diferentes atores e ações. “O objetivo é dar mais potência e garantir uma orientação a essas iniciativas, com base no caminho já percorrido. Tudo isso em sintonia com a Rede de Atenção Psicossocial do SUS e com a política nacional para a saúde mental.”

TERESA KA professora da Escola de Enfermagem lembra que a UFMG já conta com diversas iniciativas de acolhimento e escuta nas unidades acadêmicas, nas pró-reitorias de Recursos Humanos e de Assuntos Estudantis, na Fump e em unidades acadêmicas. E tem fluxo estabelecido para urgências e emergências. “O papel desses grupos é oferecer acolhida e escuta, contribuindo para o percurso dos estudantes e trabalhadores durante sua vida acadêmica.Temos várias experiências de sucesso", diz Teresa Kurimoto.

A política de saúde mental da UFMG segue princípios como os da Universidade inclusiva e solidária, do protagonismo das pessoas com experiência de sofrimento mental e do respeito à vida e aos valores éticos da convivência humana. Algumas das diretrizes são a construção permanente de uma política de atenção à saúde mental, a promoção da desestigmatização e da despatologização do sofrimento mental, a promoção de ambiente não adoecedor e o enfrentamento da cultura de autoritarismo, individualismo e produtivismo.

Presidida pelo vice-reitor Alessandro Fernandes Moreira, a comissão é integrada também pelas professoras Teresa Kurimoto, do Departamento de Enfermagem Aplicada, Adriana Drummond, do Departamento de Terapia Ocupacional, e Thaís Porlan de Oliveira, do Departamento de Psicologia, pela discente do curso de Enfermagem Mariana Gonçalves de Souza, pelas psicólogas Paula Maia Nogueira e Ana Paula Dias Macedo Pereira, pela assistente de administração Maria das Graças Santos Ribeiro, pela enfermeira Regina Monteiro Campolina Barbosa e pela técnica em enfermagem Janaína Maria Soares Ferreira.

Outras ações, realizadas no âmbito acadêmico, também integram a programação Setembro Amarelo, como o curso de prevenção de suicídio, cujo último módulo terminou nesta terça-feira, 25.
(Com Centro de Comunicação da UFMG)