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Simulação de acidente de trânsito alerta sobre necessidade constante da atenção

simulado trb2018Nesta segunda-feira, 17 de setembro, o campus Saúde da UFMG recebeu sua segunda edição da simulação de acidente que tem como tema “educação, gestão e ação”, com o objetivo de prevenir agravos no trânsito. A ação foi promovida pela Escola de Enfermagem, Faculdade de Medicina e o Hospital das Clínicas da UFMG, junto ao Corpo de Bombeiros de Minas Gerais e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Os alunos, funcionários e demais pessoas que transitavam pelo campus puderam acompanhar o socorro a duas vítimas de um acidente simulado dentro do estacionamento. Na ocorrência, um motorista do carro procurava vaga, mas, com a atenção voltada ao celular, não percebeu o ciclista. Após chocar com a bicicleta, assustou-se e pisou no acelerador por engano, batendo, em seguida, em uma árvore.

“Apresentamos uma situação de agravo, infelizmente, corriqueira no nosso dia a dia, para conscientizar para um trânsito mais seguro. Além de mostrar o papel dos profissionais nesse atendimento, com o Corpo de Bombeiros e o Samu, procuramos transmitir à população que ela também é responsável, atendendo, assim ao tem da Semana Nacional do trânsito: “Nós somos o trânsito”, afirmou a professora do curso de Gestão de Serviços de Saúde da UFMG, Karla Rona da Silva, coordenadora da ação.

Ter sido realizado dentro no campus foi um diferencial, segundo a professora, ao mostrar ser uma possível situação mesmo no estacionamento, no qual não há carros em alta velocidade, por exemplo. “Lembrando que temos um trânsito de pessoas e carros maior do que algumas cidades do interior e temos muitos ciclistas, então aqui dentro também é possível de acontecer. A atenção no trânsito deve ser constante. Assim, mais do que falar do atendimento, temos que falar da prevenção, para evitar que esses agravos não aconteçam”, lembrou.

Para a estudante do curso de Enfermagem da UFMG, Gisele Geralda da Silva, a “II Simulação do Campus Saúde da UFMG: educação, gestão e ação” chamou muita atenção por parecer real com a chegada dos carros com sirenes ligadas, maquiagem profissional de feridas e outros traumas e a atuação dos personagens, incluindo uma suposta parente da vítima. “As pessoas pensam que não pode ocorrer dentro da Faculdade, mas estamos aqui no estacionamento. O impacto nos faz refletir e atentar para essas questões, como não usar o celular ao volante dentro ou fora do campus”, disse. Ela ainda pontuou a importância da conscientização como futura profissional da área da saúde. “A partir do momento em que se conscientiza a população, diminui-se os dados epidemiológicos. Então traz benefícios, inclusive aos recursos do SUS”, completou.

O auxiliar de Serviços Gerais do campus Saúde, Rogério Vicente, também ficou impressionado com a semelhança com uma ocorrência real. “Achei a simulação muito interessante. Fui impactado e isso chama a atenção para as pessoas não usarem celular enquanto dirigem. É importante ver isso até para poder passar para outras pessoas. Foi muito interessante ter uma vítima como se fosse real e ainda poder ver como é feito o atendimento”, contou.

Atendimento simulado e o alerta da prevenção
As equipes de profissionais do Corpo de Bombeiros e do Samu realizaram atendimentos simultâneos às duas vítimas: o ciclista caído no chão com traumas expostos e o motorista preso nas ferragens do carro. Todo o processo foi narrado, apresentando o passo a passo de como o socorro é feito e os materiais utilizados.

bobeiros e samuDe acordo com o tenente do Corpo de Bombeiros, Pedro Aihara, os serviços atuam de forma integrada para que, em cada ocorrência, possam ser verificados quais são os recursos necessários para a situação. “Procuramos empregar de forma inteligente os recursos, de forma a garantir que a população seja atendida mais rapidamente e de forma mais eficaz”.

“As pessoas acham que pequenas atitudes não têm reflexo direto em acidentes graves e queremos descontruir isso. O Corpo de Bombeiro, junto a outros órgãos, tem o papel de conscientizar sobre a importância das pessoas observarem as regras básicas do trânsito como não usar o celular no volante, respeitar o limite de velocidade e não combinar bebida alcoólica e direção”, declarou o tenente. “Mesmo sem intenção, quando quer fazer algo rápido como responder uma mensagem no celular, a pessoa pode ser responsável pela morte de outra ou causar lesões graves com sequelas para toda a vida”, ressaltou. “Temos que ter consciência de que o carro também pode ser uma arma, dependendo da forma como é utilizado. O trânsito é um ambiente de cidadania, em que devo respeitar o outro”, continuou.

A enfermeira e integrante da gerência do Samu, Oricema Miranda Teixeira, comentou a importância de ter uma equipe especializada no atendimento, que seja capaz de desobstruir a via aérea e controlar a hemorragia, por exemplo. “Essa é chamada de vítima da hora de ouro, aquela primeira hora após o trauma em que o paciente precisa de uma unidade de suporte avançado com uma equipe e material especializados para poder garantir sua sobrevivência. Então em ocorrências como essa, é necessário ligar imediatamente para o Samu”, alertou.

“Atualmente o Samu atende em torno de 50 mil chamados por mês em que 140, em média, são atendimentos na rua e 40% desses são vítimas de traumas. Por isso é importante que as pessoas sejam mais conscientes no trânsito, tendo mais atenção, mais tolerância, mais empatia e ter maior atenção ao seu redor”, destacou a enfermeira.

circuito educativo“Claro que sempre temos algo a melhorar, mas, de forma geral, acredito que nosso objetivo foi contemplado. Ainda mais com o circuito educativo no período da tarde ao receber alunos de escola pública e outros transeuntes do campus para continuar a conscientização sobre o trânsito, ensinar técnicas simples de reanimação cardíaca, possíveis técnicas de imobilização e o que fazer em caso de óbito”, comentou a professora Karla. Durante o evento, a comunidade também pôde conhecer uma unidade móvel do Samu e saber mais sobre valorização da vida e o acolhimento humanizado a familiares enlutados com os funcionários da Funerária Metropax.

Uma ação de extensão
Como a II Simulação do Campus Saúde da UFMG é uma ação de extensão, a coordenadora lembrou que essa também foi uma oportunidade aos alunos para ter a experiência de planejar, organizar e participar do evento. “Unimos os alunos do curso de Gestão em Serviço de Saúde na questão do planejamento, os alunos de Enfermagem no atendimento inicial e os profissionais do Hospital das Clínicas da UFMG que são nossa retaguarda para uma potencial vítima real”, pontuou.
simulado todos
Além do Corpo de Bombeiros e Samu, o evento também conta com a parceria da Associação Brasileira de Medicina de Emergência (Abramede), Sociedade Mineira de Terapia Intensiva (Somiti); BHTrans, Polícia Rodoviária Federal, Metropax; Faculdade de Medicina da UFMG; Hospital das Clínicas da UFMG; BHTrans, Arterial Urgência e Emergência; Copiadora e Gráfica Rápida HPC; Varela peças usadas e novas e S.O.S Medrado.

(Com Assessoria de Comunicação da Faculdade de Medicina da UFMG)